Pastor de uma igreja em um mundo pós-COVID-19 exigirá alguma adaptação, alguma criatividade e alguma intencionalidade, enquanto pensamos sobre como pastorear as ovelhas de Deus e amar nosso povo e fornecer liderança pastoral e congregacional durante este tempo.
Lembre-se de que, por um lado, o ministério pastoral e a vida congregacional estão sempre mudando. Por outro lado, ministério pastoral e vida congregacional são os mesmos porque estamos enraizando nossos esforços e nosso ministério na Escritura, a Palavra de Deus.
Certamente, este é um tempo de ternura e sensibilidade pastoral. Convulsões e distúrbios econômicos e preocupações com a saúde afetaram as pessoas e geraram alguma ansiedade e medo. Eles alteraram nossos ritmos e estilos de vida regulares e colocaram pressão na dinâmica conjugal e dos pais dentro de casa para algumas pessoas.
Há muitas coisas que um pastor que ama suas ovelhas precisará considerar ao sairmos dessa situação de bloqueio COIVD-19.
Como pastores do Senhor, como aqueles que levam a mensagem da vida eterna, estejamos preparados para ajudar as pessoas que passaram pela dor da perda de algum familiar ou amigos. O Pós-pandemia será um momento de luto para muitos que sofrem não só a perda, mas também o trauma de não poderem estar visitando-os nos hospitais, comparecer aos funerais, de abraçar e confortar os demais da família da vítima. Precisamos estar sensíveis a este luto e a dor destas pessoas.
Mudança da dinâmica econômica
Em um sentido geral, muitas das mudanças na dinâmica envolverão economia, o que significa que as ofertas da igreja serão afetadas e os membros da igreja serão afetados. Alguns membros da igreja sentirão o efeito nas suas dispensas. Alguns sentirão os efeitos de maneira positiva à medida que criam novas oportunidades econômicas; sejam eles se tornando empreendedores ou seus pivôs de negócios em resposta às atividades, mas outros poderão estar em situação de desemprego e carentes e necessitados de assistência. Será a hora de mobilizar a igreja a caridade.
Saindo do COVID-19, vamos ter certeza de que temos um grande e amplo Evangelho, onde o amor de Deus é derramado sobre todos os tipos de homens e mulheres e todos os tipos de situações econômicas e que a economia não é uma questão definidora para quem é abençoado por Deus ou quem é amado por Deus, ou ainda de quem pode ser abençoado por Deus. Estaremos declarando em uma alta voz que “todo aquele que invocar o nome de Deus será salvo” (Romanos 10:13). Acho que esta será uma mensagem vital para os pastores e líderes da igreja declararem após o COVID-19. A salvação é para qualquer um, independentemente da situação econômica, independentemente de alguma mudança em suas histórias. Na verdade, como as pessoas passam por mudanças em seu estilo de vida e em suas histórias, seria uma oportunidade maravilhosa para elas considerarem alguns dos assuntos de peso essenciais da vida.
Discipulado.
Há uma segunda categoria na qual quero que você pense e essa categoria é o discipulado. A essência do discipulado é a mesma saindo de COVID-19. Não é como se antes dessa pandemia global houvesse uma certa maneira de ser um seguidor de Jesus Cristo e agora, depois dessa pandemia global, há uma outra maneira de ser um seguidor de Jesus Cristo.
Ser um seguidor de Jesus Cristo é baseado na Palavra de Deus, independentemente de onde estejamos com calamidades globais e turbulências econômicas. Certamente, começaríamos com o Grande Mandamento: “Amarás o Senhor [teu] Deus de todo o teu coração,… alma,… mente… e… força” (Marcos 12:30). E o segundo mandamento é : “[Tu] Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39). E Ele diz em Mateus 22:40, “destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”. Esse princípios do discipulado não mudarão na pós-pandemia. Isso significa que, de forma abrangente, em nossas vidas, temos o entendimento de Lucas 9:23 do que significa seguir a Deus. “Se [alguém quiser] vir após mim, negue-se a si mesmo, [e] tome sua cruz diariamente e siga-Me ”. Portanto, oro para que, saindo do COVID-19, sejamos firmes em nosso entendimento sobre o discipulado. Esses princípios fundamentais não mudam.
Considere Atos 2:44, “Agora todos os crentes estavam juntos e tinham todas as coisas em comum”.
Esta situação com a COVID-19 e a perturbação que ela causou será um ótimo momento para avaliarmos o corpo, a comunhão e a dinâmica comunitária de nossas congregações locais. Como pastor do povo de Deus, sempre incentivo os pastores a estarem atentos, sensíveis ao Espírito, a reação e à comunhão das congregações que lideram no pós-pandemia. Há pessoas em nossas congregações que fazem parte de famílias numerosas e pessoas em nossas congregações que são viúvas ou viúvos e pessoas em nossas congregações que são solteiras ou que são estudantes ou estão na cidade e longe da família. Como pensamos sobre a unidade na dinâmica familiar dessas relações, especialmente após um período de morte e crise econômica? Eu realmente quero encorajá-lo a se sintonizar onde as pessoas estão, porque elas estarão em muitas situações diferentes.
A Bíblia diz que “...eles tinham tudo em comum.” (Atos 2:44). Algumas pessoas tiveram muito e algumas pessoas tiveram pouco. Você pode ter uma comunhão congregacional harmoniosa e capacitada pelo Espírito no meio desses tipos de dinâmica? Eu quero desafiar você dessa forma. Uma coisa que você precisa enfatizar como pastor é ajudar os membros a entender a o amor ao próximo. Este é um belo momento para o corpo ser o corpo.
Às vezes, tenho ouvido pessoas da igreja dizerem, em momentos de morte: “Sou grato à Deus por minha igreja ter passado por isso comigo. Não sei como seria sem este apoio da igreja e dos pastores." O corpo de Cristo deve ser um lugar maravilhoso onde irmãos e irmãs podem ser edificados e amados ao passar por tempos difíceis. E então, uma coisa que precisamos fazer em um período pós-COVID-19 é remover qualquer vergonha sobre irmãos e irmãs que estão passando por tempos de desafios financeiros. Sabemos que pessoas foram demitidas. Sabemos que empresas fecharam. Sabemos que muitas pessoas estão em todos os tipos de problemas financeiros de muitas maneiras. E também sabemos que existem outros que não foram afetados, ou que foram afetados, mas previram com antecedência. Onde quer que alguém esteja nesse espectro neste cenário pós-COVID-19, quero encorajá-lo como pastor ou líder espiritual a lembrar que em Gálatas 3:28, o corpo não é definido por características econômicas.
Certamente quero encorajar os pastores a serem líderes amorosos, sensíveis e atentos às feridas, dores e realidades de seus irmãos e irmãs que você ama, ovelhas de Cristo a quem você serve. Deve haver uma necessária humildade entre os membros da congregação para que possamos oferecer-nos livremente para ajudar uns aos outros, para que possamos expressar livremente a necessidade uns aos outros. Certamente ore para que, nas estruturas congregacionais de seu ministério, principalmente seu diaconato possam manter a dignidade dos necessitados. A Bíblia diz, por exemplo, se alguém tem necessidade, comece em sua própria casa com membros de seu próprio sangue e depois saia para outras oportunidades. Encorajam sua igrejas a procederem assim.
A igreja sempre passou por momentos difíceis e esse é um desses desafios, mas a Palavra de Deus não muda e nosso Senhor Jesus Cristo não muda.
Pastores, se antecipem aos lobos, preveja, oriente seu rebanho, prepare-os para novos desafios e novas realidades mas utilizando-se das mesmas coisas já ensinadas por Cristo Jesus Nosso Senhor. Não há atualização da Palavra de Deus, mas talvez a necessidade de atualizar o corpo ministerial e situá-los a luz das Sagradas Escrituras no tocante a atenção das necessidades físicas e espirituais dos demais membros do corpo. Estejais atentos!
Deus é convosco! Graça e Paz.
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